sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Dos fins de ciclos necessários

Muito bem! Eis que chegou o cd! Não direi que está oficialmente lançado, pois creio que isso mereça uma execução pública, um show. Na verdade, esse evento é que considero o próximo ciclo, que começa agora!

As caixas com cds foram entregues pela transportadora em minha casa há dois dias. Saí correndo fazer uma foto e postar, pra que todos nas redes soubessem. A assessoria de imprensa, com o release já preparado, disparou a novidade pro mailing. E hoje pela manhã recebi o primeiro contato telefônico para entrevista de um jornal. Fiquei faceiro, claro! Primeira pergunta da jornalista: Por que o cd se chama Fim de ciclo?





Tenho a impressão de que espero o tempo todo que essa pergunta seja feita! Porque concebo a passagem da vida como o cumprimento de ciclos, exatamente por isso. Preparar um projeto meticulosamente e depois executá-lo é cumprir um ciclo. Nesse sentido, a chegada "física" do cd indica o fim do ciclo.

No entanto, abrir mão de conceitos orientados à composição "comercial" para criar arte inspirada somente na identidade pessoal também é encerrar um ciclo. Entender que um trabalho, pra ser conhecido, precisa de tempo e empenho, diferentemente da crença reinante de que basta a rádio tocar pra ser famoso, igualmente é encerrar ciclo. Assumir uma atitude mais saudável perante a vida, cuidando dos hábitos alimentares, parando de fumar e bebendo menos, dormindo e acordando mais cedo, é um baita encerramento de ciclo. De todos os exemplos citados eu me recorro pra explicar o título do cd: aplicam-se a mim sem exceção!



Agora, depois de findados os ciclos, deixe-me chamar atenção pra um aspecto especial desta palavra: ciclo. Das n definições, uma diz "intervalo de tempo durante o qual se completa uma sequência de uma sucessão regularmente recorrente de eventos ou fenômenos". Em síntese, a palavra em questão pressupõe movimento. E isso torna a vida fabulosa! O movimento dá perspectivas, alimenta sonhos, indica caminhos, abre portas. O movimento impulsiona, carrega, transporta.

Encerrar um ciclo é colocar-se diante da vida, de peito aberto, na direção do novo. No caso específico do cd, inicia-se agora o ciclo do lançamento, do show, da mostra pública! Gostaria de já agora na postagem divulgar a data, que está - por alguma razão! - gravada na minha cabeça. Mas a experiência recomenda cautela. Então, enquanto promovo a venda do cd, volto-me para os bastidores do novo ciclo, que começa agora mesmo...



terça-feira, 3 de novembro de 2015

Um mero desconhecido

Um ilustre desconhecido carrega ao menos as qualidades dignas de louvor que a definição enciclopédica aufere. Ilustre é um célebre, eminente, notável. Mas - espera aí! -, "notável"? Essa palavra não remete à existência de outras pessoas que reconheçam essa notabilidade? - Claro que sim! Taí, portanto, o que no estudo das figuras de linguagem chama-se oxímoro: as palavras opostas que causam um efeito literário bacana. Essa expressão já tornou-se lugar-comum na Literatura. Porém, nenhum desconhecido pode ser ilustre, pois que não seria desconhecido. Mero pode...

Mero é um qualquer, não desimportante nem único. Exclusivo em alguns casos, mas quase casual. Mero tornou-se pejorativo: mais um. Um entre tantos. E é na dura constatação disso que vejo a chegada de Fim de ciclo. Muitos meses de preparação, entre composição, gravação de guias e confecção do projeto, mais quase um ano entre gravação propriamente dita, mixagem, masterização e prensagem. E está aí um mero cd, de um mero compositor-intérprete.

E seria trágico, se o texto findasse aqui.



Há, no entanto, todo o outro lado! Por exemplo, se por um mero acaso alguma pessoa ler esse texto e meramente usar a tecla <compartilhar>, mais pessoas verão. Talvez o desconhecido não chegue a ostentar o "ilustre" antes do nome, mas certamente não será também desconhecido.

E aquilo que pode ser chamado de "ação afirmativa" também auxiliará o processo de conhecimento do trabalho: em 2016 certamente vai haver show de lançamento da obra. Com toda circunstância que a ocasião merece, o mero quer deixar de ser, pra também encontrar seu lugar ao sol.

Primeiramente, porém, esperemos o disco. Será ainda em novembro. Falta pouco!

Tango, meu parceiro de blogagens, está ansioso pelo cd e manda abraços!!!