Depois de cumpridos os tortuosos anos até efetivamente desfazerem-se os conceitos culturais arraigados, a prática sugere novas composições. Aliás, a prática de quem se propõe artista é muito mais a arte do que a resenha, não? Então surge a ideia de elaborar um projeto, que indicasse a passagem de uma fase à outra, um encerramento pra um novo começo: Fim de Ciclo.
Esse é o trabalho que começa a tomar forma e que publicarei aqui no blog inicialmente pelas letras.
A primeira música é questionadora daquilo que é inerente ao campo e à cidade: em muitos casos, é igual tanto lá como aqui na cidade. Mas o atavismo... ah, esse tal atavismo... Essa coisa de pertencimento à terra. Faça tua própria análise...
Janelas frente sul
Música: Guto Agostini
Letra: Guto Agostini e Ale Hermes
Os meus olhos são janelas de uma alma
sem respostas,
Minha mente um continente de conceitos
abstratos.
O meu pampa é tão imenso que não cabe
nestes versos
Que um gaúcho da cidade se botou a
escrever.
Da janela da minha casa observo o fim de
tarde,
Pelo jeito desse vento imagino que vem
chuva,
Eu procuro por sinais olhando firme no
horizonte,
Como meus antepassados me ensinaram a
fazer.
Na
cidade ou no campo todos fazem dessa forma,
Pois
o céu que nos encobre é igual pra qualquer um.
E esse vento, quando sopra, é o canto
que quer me mudar
Esse canto, quando sopra, é o vento que
vai me levar.
Minha sede de respostas se alimenta de
perguntas,
É capaz que um dia eu morra sem ninguém me responder.
E tirando tanta dúvida me sobra uma
certeza:
Minha alma é uma casa com janelas frente
Sul.
Minha alma é uma casa com janelas frente
Sul.
Minha alma é uma casa com janelas frente
Sul.
E esse vento, quando sopra, é o canto
que quer me mudar,
Esse canto, quando sopra, é o vento que
vai me levar.
E esse vento, quando sopra, é o canto
que quer me mudar,
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