sexta-feira, 10 de abril de 2015

Cordas

Dos balanços às amarras; das forcas às brincadeiras; da garganta aos braços do violão, as cordas são formas de nos arranjarmos enquanto seres humanos. Da violência extrema ao mais puro sentimento, os afazeres são engendrados por cordas. E é através de cordas que eu consigo transmitir meus mais sinceros sentimentos. Juntando a característica da corda vocal àquela que vibra quando tangida ao braço do violão, vou entoando meus sons, que, acredito, foram trazidos a mim como inspirações. Vindas de um plano certamente superior, as composições descem ao meu cérebro içadas por cordas invisíveis. Então eu toco e canto.


O cd Fim de ciclo, cujo projeto tem verba do FINANCIARTE pra ser realizado, recebe agora, depois das baterias e baixos gravados, a base das cordas. Serão violões de aço, de nylon, de 10 cordas, de 12 cordas, guitarras e violinos: uma profusão de cordas pra todos os gostares. Além da participação especialíssima do Valdir Verona (que já citei especificamente num post anterior), contarei com outras duas contribuições de inigualável categoria, mas que revelarei no momento adequado e, para quem, também renderei minhas homenagens.


Ainda me questiono, eventualmente, se o disco deveria ou não se chamar FIM DE CICLO. Afinal de contas, todo o processo de gravação e envolvimento têm me soado como um início de ciclo, um novo posicionamento diate da arte e especialmente da vida. Mas, consoante a tudo que anda ocorrendo, dos dribles aos entraves à aquisição da presença de novas gentes no meu espectro de visão, com seus estilos, particularidades e gênios, resta uma conclusão premeditada e sem volta: a vida nunca mais será a mesma. Ou seja, isso é um FIM DE CICLO...


Ah, não me aCORDem, pois a vida segue em ritmo de sonho...

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