terça-feira, 12 de agosto de 2014

Fim de Ciclo

Depois de cumpridos os tortuosos anos até efetivamente desfazerem-se os conceitos culturais arraigados, a prática sugere novas composições. Aliás, a prática de quem se propõe artista é muito mais a arte do que a resenha, não? Então surge a ideia de elaborar um projeto, que indicasse a passagem de uma fase à outra, um encerramento pra um novo começo: Fim de Ciclo.
Esse é o trabalho que começa a tomar forma e que publicarei aqui no blog inicialmente pelas letras.
A primeira música é questionadora daquilo que é inerente ao campo e à cidade: em muitos casos, é igual tanto lá como aqui na cidade. Mas o atavismo... ah, esse tal atavismo... Essa coisa de pertencimento à terra. Faça tua própria análise...


Janelas frente sul

  Música: Guto Agostini 
Letra: Guto Agostini e Ale Hermes

Os meus olhos são janelas de uma alma sem respostas,
Minha mente um continente de conceitos abstratos.
O meu pampa é tão imenso que não cabe nestes versos
Que um gaúcho da cidade se botou a escrever.

Da janela da minha casa observo o fim de tarde,
Pelo jeito desse vento imagino que vem chuva,
Eu procuro por sinais olhando firme no horizonte,
Como meus antepassados me ensinaram a fazer.

Na cidade ou no campo todos fazem dessa forma,
Pois o céu que nos encobre é igual pra qualquer um.
E esse vento, quando sopra, é o canto que quer me mudar
Esse canto, quando sopra, é o vento que vai me levar.

Minha sede de respostas se alimenta de perguntas,
É capaz  que um dia eu morra sem ninguém me responder.
E tirando tanta dúvida me sobra uma certeza:
Minha alma é uma casa com janelas frente Sul.
Minha alma é uma casa com janelas frente Sul.
Minha alma é uma casa com janelas frente Sul.

E esse vento, quando sopra, é o canto que quer me mudar,
Esse canto, quando sopra, é o vento que vai me levar.
E esse vento, quando sopra, é o canto que quer me mudar,
Esse canto, quando sopra, é o vento que vai me levar.


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